segunda-feira, 23 de maio de 2016
quinta-feira, 19 de maio de 2016
LEVEZA
LEVEZA
Vento suave
que balança a cortina,
acariciando palavras
que poderão ser ditas
sem perturbar o silêncio.
Brisa espalmada
na poeira do sonho
que envolve vultos
e contorna a boca
silenciada por mais um beijo.
Aragem noturna
que espalha perfume de luar,
resgata memórias
perdidas entre as brumas do tempo
vem, sem pressa, e desperta o meu sorriso.
Basilina Pereira
terça-feira, 17 de maio de 2016
RITO
RITO
Não mais a pena, os dedos
deslizam pelo teclado: o de dentro,
não este que exibe ícones gastos
de tanto serem mordidos por todas as
línguas vivas.
Desce precipícios, sobe escarpas,
apaga a última estrela e resgata
sentimentos
que nem se sabia acordados e plenos.
No colo da vida deposita a esperança,
mesmo sem ver a asa que voou sozinha
e ainda não voltou.
Por fim, o poema: este que lhe beija
a alma
e acomoda todas as desilusões.
Basilina Pereira
sexta-feira, 13 de maio de 2016
ESTREIA
ESTREIA
Aportamos
sem bússola,
sem passos e
nenhuma garantia.
Na bagagem,
um choro amador
de quem não
sabe, mas pressente
os espinhos,
a chuva
e a longa
noite de carências.
Até as
palavras se negam no momento primeiro,
tornando as
urgências uma flor sem haste,
um poema que
caiu no palco
assim: no
tropeço e precisa encontrar a rima
que reveste
o sentido da vida.
Basilina
Pereira
terça-feira, 10 de maio de 2016
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