PRESSENTIMENTO
O poeta vai mesclando o que não vê,
mas pressente. Sente.
A palavra, entre os escombros,
desvia de sua rota, atrás da luz
que é incerta, opaca.
Quer abraçar a poema que engenha, inseguro,
e dispõe sobre a brancura do papel,
mas o verso é duro, esquivo;
nele não cabem os sonhos
que um dia viu desenhado no rosto da menina.
Pela porta aberta, uma réstia de ar sussurra:
tenta a face da alegria, pode ser que ela atraia a poesia.
Basilina Pereira
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