Não sei fazer versos grises.
Contorno, retorno e lá vem
as cores camufladas nas palavras
veladas, mas cobertas
pela fumaça do arco-íris.
Sei que a vida, às vezes, se ressente de brilho
e o poeta carrega um rio nos olhos,
mas o poema! Ah! o poema!
No seu silêncio caloroso,
revela a resistência das manhãs de sol
e qual um chafariz no meio da praça,
parece dizer: - bom dia, aquarela!
Basilina Pereira
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