DEPOIS DA TEMPESTADE
O dia acorda sereno
sobre o coqueiro.
Nenhuma folha
assustada
com a tempestade de
ontem.
Parece até que nunca
mais – o temporal:
selvagem, impiedoso,
rente ao hemisfério
do medo
abafado no absurdo da
noite.
É que hoje o sol
abriu as janelas,
abrandou a fúria de
Zeus
e salpicou ondas de
alegria sobre a manhã.
A carne ainda
tremula, vacilante
pelos hiatos que
permeiam a respiração,
mas a luz tem seus
mistérios,
a despeito dos
caminhos sem volta,
ela faz o riso se
desprender da nuvem e raiar.
Basilina Pereira
Um comentário:
a exata descrição deste momento em minha vida. com uma serenidade plena.
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