AS HORAS
Escuto a linguagem da noite
como se buscasse no tempo
os sonhos incandescentes
que desafiam o tic-tac do relógio.
Além do orvalho esquivo
que se recusa a regar meus pensamentos
despontam lembranças ingratas,
mutáveis, mas assim mesmo tão ferinas.
Na penumbra das horas
vagas formas deságuam
de meus olhos sem estrelas
e seguem o rastro das gaivotas.
Procuro a voz no silêncio: presa,
ensaio um canto obscuro
pra que a brisa retorne com seu eco,
mas o som que volta é oco, é pouco.
Basilina Pereira
Escuto a linguagem da noite
como se buscasse no tempo
os sonhos incandescentes
que desafiam o tic-tac do relógio.
Além do orvalho esquivo
que se recusa a regar meus pensamentos
despontam lembranças ingratas,
mutáveis, mas assim mesmo tão ferinas.
Na penumbra das horas
vagas formas deságuam
de meus olhos sem estrelas
e seguem o rastro das gaivotas.
Procuro a voz no silêncio: presa,
ensaio um canto obscuro
pra que a brisa retorne com seu eco,
mas o som que volta é oco, é pouco.
Basilina Pereira
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