sexta-feira, 24 de agosto de 2012


ARABESCOS

Rabisco meus sonhos dentro do espelho
pra que a memória os resgate
antes que a névoa da noite
os transforme em séculos perdidos.

Lá no alto pedaços de alegria mesclam-se
com lembranças ardentes e perdem-se
entre as muralhas do tempo.

Trago no peito, latente, o desencanto.
Cato estilhaços de um amor sonhado
como quem busca gotas de orvalho
na escuridão.

Lá no alto, uma estrela não diz pra onde vai
ignora que a saudade me sangra em cada olhar.


Basilina Pereira
 

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