NAS ENTRELINHAS
Eu
escrevo poemas
e
na falta do que fazer com eles,
semeio-os
em páginas diversas,
seja
no papel ou na tela de um computador,
na esperança de que uma comporta se abra
e
eles peguem carona no fluxo de alguma rede social.
É
um caminho meio árido,
sem
a emoção do encontro, sem o brilho do olhar
sem
o calor do abraço, trocado à guisa de aconchego.
Inundo
meus dias de poemas e eles fertilizam a minha vida...
Fazem-me
sentir o movimento do afeto
que, vez ou outra, recebo,
como
sinal de que a correnteza fluiu, de algum modo.
Amigo leitor, se algum dia você encontrar um
desses poemas,
descasque-o:
eu estarei nas entrelinhas!
Basilina Pereira
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