O QUE DIZ O SILÊNCIO
No vértice da palavra ...
a ausência do som é o nó
que trava o sentimento.
A flâmula que se debate ao vento
risca o espaço, quer atravessar a fenda,
embrulha o tempo e, ainda assim,
só o relâmpago de um olhar acuado,
que devora o momento de um só gole.
Tudo está ali e nada se pode ver.
A vontade embebida em gestos contidos
é a folha que o medo engoliu.
E a pedra, que não está no meio do caminho,
mas solta à margem do penhasco.
No vértice da palavra ...
a ausência do som é o nó
que trava o sentimento.
A flâmula que se debate ao vento
risca o espaço, quer atravessar a fenda,
embrulha o tempo e, ainda assim,
só o relâmpago de um olhar acuado,
que devora o momento de um só gole.
Tudo está ali e nada se pode ver.
A vontade embebida em gestos contidos
é a folha que o medo engoliu.
E a pedra, que não está no meio do caminho,
mas solta à margem do penhasco.
Basilina Pereira