quarta-feira, 23 de setembro de 2015

TARDE




TARDE

A tarde está tão quente!
Nem uma folha se mexe,
como se o calor derretesse o balanço da brisa
e o olhar escancarado do poeta
ansiasse por uma gota de orvalho
e se pusesse a vagar,
devagar,
a espera de que o canto do sabiá
autorize o abrir das comportas
e a chuva desça sobre os nossos sonhos,
às vezes simples,
às vezes medonhos.
Tarde, tarde...
a primavera há de chegar.

Basilina Pereira

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