POEMETO DE LUZ II Corais, anêmonas, cantai! que o tempo ainda vige e a noite conserva o brilho do sol. As cores permanecem morenas e os homens ainda se apaixonam. Cantai, que o mundo é sábio... Vem o verão e derrete os fantasmas e conserva as pétalas e proclama o império da luz, em um sorriso. Basilina Pereira
O LAGO No espelho das águas, a imagem ilusória da minha face. O silêncio de veludo recusa o pensamento perdido, a desilusão das flores, a felicidade remota... A solidão pode ser boa companhia bastam um lago, muito verde e a contemplação. Basilina Pereira
ABISMO DE MIM Planto meus sonhos na tarde. A noite me sussurra segredos e me presenteia com estrelas. Só o vento permanece calado. Talvez porque não haja amores para acariciar ou as cicatrizes se mostrem tão profundas como o abismo de mim mesma que eu tento, tento... e não consigo transpor. Basilina Pereira
domingo, 3 de fevereiro de 2013
IMAGEM De que me servem as tardes serenas, com tantos pássaros em cantoria, cheiro de brisa que me sopra, amena, se a lágrima brota e escorre, fria? Parece até dor de pensamento que remete a um tempo insepulto e sempre volta a qualquer momento travestida na miragem do seu vulto. Como um náufrago, me vejo, num instante, querendo o brilho da estrela cadente pra fugir dessa imagem constante tatuada e viva no arquivo da mente. São ecos de um amor que foi real como é o vento, a pedra e a água fria e, de repente, volta feito vendaval e só acalma no remanso da poesia. Basilina Pereira
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
DESAFIANDO A GRAMÁTICA enquanto a gramática dita suas regras bem descritas vem o verbo irregular com seu modo singular e quebra toda a sequência do prefixo à desinência tudo fica bem confuso: a ortografia, a semântica, lembra até física quântica no seu duo fé e razão como se escreve sessão(seção?) pontuo a frase no fim? e se não for bem assim? devo me centrar no verso? não quero poema disperso vou cavar o sentimento captar todo o momento de beleza e de emoção e onde fica a oração? hoje eu prefiro a magia à noite ou à luz do dia e a gramática, quem diria? vai se render à poesia Basilina Pereira