ROSA DE PEDRA
Busco consolo nos versos
ao derramar palavras sobre a vida.
Sou qual a rosa de pedra
que ali eclodiu e ficou: em aparência.
Assim como a casca da árvore
tem a sua forma, mas não a essência,
vou vivendo da hora não repetida
e tentando entender a esperança.
Eu coexisto
com o oco do sentimento.
Procuro fecundar o prazer, fecho os olhos
em busca do sorriso incandescente:
sangue partido de uma aurora distante.
Cato na lua a semente do sonho
ela é única em nossa órbita.
Serei única também?
Basilina pereira
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