quarta-feira, 25 de março de 2009

REVOADAS
Como um esboço inacabado, vivo em revoadas, o que me salva são meus pensamentos, que transformo em palavras. Porque palavras têm luz... elas revestem aquele murmúrio que desliza por nossas veias até desaguar na foz do mistério de que somos feitos. Não quero questionar a eternidade, só viver da imaginação, esta que disfarço em poesia, porque o poema se faz de coragem ou quem sabe de covardia? ...vez que exala em cada verso um sentimento não resolvido.
Basilina Pereira

sexta-feira, 20 de março de 2009

A DRACULA BELLA
Invejo os cavalos selvagens na sua alegria indócil. A minha liberdade é limitada pelo eflúvio que exala do medo... aquele receio de ser nebulosa e embriagar-me no transe do momento. O mundo é orquestrado na aparência: homens se matam enquanto as flores murcham e grandes segredos perdem-se entre o pensamento e as palavras. Mas eu busco a beleza dos extremos... Lá no fundo da gruta escura, onde o sol é uma lembrança remota a Dracula bella floresce. Basilina Pereira

segunda-feira, 9 de março de 2009

A MULHER QUE SOU
Descrevo a mulher que sou: versátil, fecunda, fluida... não sei bem por onde vou, mas sigo a trilha dos druidas. Falo a linguagem do amor neste terraço do mundo se encontro miséria e dor acelero e vou mais fundo. Sempre tem dias de chuva e de assobio no escuro, mas quem tem mão salva a luva, sonho atrevido é futuro. Nado em audácia e leveza com charme de lua cheia, tem mistérios, com certeza, o que me corre nas veias. Mas como toda mulher sou força que para o vento quem foca o alvo e o quer vai além do pensamento. Basilina Pereira