VITÓRIA DA SAMOTRÁCIA
Dize-me, estátua guia,
se cantas ou choras
enquanto teus pés tateiam, à procura
de um verso
flutuando
no universo
e um caminho, que nunca chega.
Conta-me que deus louco te plantou asas
...sem cabeça.
Fala-me das coisas que deixaste de ver,
dos perfumes que não sentiste,
da música, do sonho
e dos sabores imaginários.
Confessa-me, pássaro cego,
mágico encantador de almas,
acaso escolheste a liberdade?
Basilina Pereira
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