quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Com meu carinho e votos de uma boa tarde e boa noite. RANHURAS Olho para esta tela desbotada e me pergunto onde foram parar as cores que já brilharam ao encanto do sol em tonalidades soberanas e lúdicas como qualquer aquarela tropical. Do vermelho, resta um leve tom dourado quando os olhos castanhos voltam de sua jornada reminiscente.... O verde desfez-se na esperança que,cansada, esmaeceu em saudades. O azul, o amarelo e o lilás perderam-se nas vertentes, sucumbiram-se às ausências, desfizeram-se em prantos e desencantos. Hoje tento avivar esses tons pastéis que o tempo modelou em minha alma. A tela exibe ranhuras e há cicatrizes na moldura, mas resta um suave tom de rosa registro silencioso que fugiu de uma canção. Basilina Pereira

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