sexta-feira, 9 de maio de 2008

AS HORAS

AS HORAS Escuto a linguagem da noite como se buscasse no tempo os sonhos incandescentes que desafiam o tic-tac do relógio. Além do orvalho esquivo que se recusa a regar meus pensamentos despontam lembranças comuns tão mutáveis, mas assim mesmo tão iguais. Na penumbra das horas vagas formas deságuam de meus olhos sem estrelas e seguem o rastro das gaivotas. Procuro a voz no silêncio:presa, ensaio um canto obscuro pra que a brisa retorne com seu eco, mas o som que volta é oco, é pouco. Basilina Pereira

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