A PERGUNTA
De letras mortas
e mal pintadas
junto pedaços
de quase nada.
São marcas vivas,
flama do tempo,
que como espumas
sumiu no vento.
Por mais que sofra
esboço um canto
faço a pergunta
que queima o pranto:
tantos caminhos
por onde andei
por que motivo
não te encontrei?
Penso nos dias
de devaneios,
penso nos meses
- o sol não veio.
Restam os anos,
rugas, espantos,
tantos enganos
só não sei quantos.
A tarde é calma
chama a poesia,
só uma imagem
me desafia...
Basilina Pereira
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