sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

BEIJO ASSOPRADO

BEIJO ASSOPRADO Inda hoje me lembro... Nossos vultos pisando sonhos, falando ao vento na encruzilhada, olhos perplexos, frases sem nexo, que só nós entendíamos com o olhar... Aquela música assobiada do filme que não vimos, mas ouvimos falar, a emoção contida, a vislumbrar dias futuros, atrás dos muros de nossa ingenuidade. O contorno da praça ainda pergunta pelos passos que sumiram nas curvas da vida, a espera do abraço, que nunca veio. E aqueles silêncios...tão eloqüentes! Só maculados pelas batidas de nossos corações. Lembranças rasgadas...estrelas apagadas... Foi tudo que restou, além de um único beijo – assoprado. Basilina Pereira

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