sábado, 14 de janeiro de 2023

 


GLACIAL

 

Sinto arrepios quando escrevo.

Parace que as palavras descendem de outra galáxia

e não sei justificar a insegurança sob suas camadas.

O verbo me abre fendas

que não sei fechar com os olhos

e os (pro)nomes sempre ocultam

a beleza camuflada em sua síntese.

Assim passeio por letras e sílabas,

na busca de um ajuste que combine cor e som

e numa madrugada delirante: um pouco de luz

em gotas suaves banhadas de sentimento.

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