Escrever
é preciso,
mesmo
que a tarde permaneça calada
e
a brisa de mau humor.
A
tela, não mais a folha, está inquieta:
ela
lê a minha alma e, cúmplice,
apalpa
a minha imaginação,
acaricia
os vértices mais escuros,
pois
é lá...lá mesmo...que estão as fendas
por
onde o poema poderá escapar.
E
sem ferir o sentimento que reluta,
as
letras vão se soltando: olham-se
e,
no minuto seguinte,
juntam-se
em busca da metáfora,
hoje
camuflada numa palavra sem volta.
Basilina
Pereira
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