Há um espaço a ser
preenchido,
um descampado sem
teto nem chão
que abrigava a
música de um dia de sol.
É um vazio que
ninguém vê,
um lapso só de
memória,
com um fluxo
subterrâneo
que alimenta a
imaginação do que já não existe .
Todos os sonhos se
afogaram.
Não há mais árvores
que doem seus galhos
quando o grito
ecoar pela tarde
fora do alcance da
mão.
...
O tempo erguerá uma
ponte - eu sei –
que unirá meu peito
a um lugar seguro,
onde pássaros
cantarão na língua das flores
e ao ouvir tais
gorjeios,
talvez minha
solidão emudeça
para que a noite me
cubra em seu leito
com acordes de
poesia.
Basilina Pereira
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sexta-feira, 20 de outubro de 2017
DESCAMPADO
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