A RODA DO TEMPO
O sono despenca sobre os minutos
que vão me colhendo de mansinho.
Há tanta leveza em torno do
quarto, da casa,
que contrasta com o peso dos
olhos,
ciosos do seu momento de entrega.
Na rampa do espelho,
um resto de luz tenta distrair a
noite,
enquanto a TV espalha notícias
turbulentas
e segue anunciando o que não era
para ser.
Em algum lugar bem distante o dia
amanhece,
apesar das feras e dos meteoros
porque há estrelas e amantes para
contemplá-las.
Basilina Pereira
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