A MÚSICA QUE HÁ EM MIM
Não é fácil ser musical.
O canto que hoje tenta nascer
viveu muitos anos encapsulado,
coberto por uma cortina de medos,
insegurança e conformismo.
Foi difícil romper o lacre e espreitar o outro lado.
E mais ainda atravessar o muro, enfrentar o escuro,
expor as fragilidades e correr o risco de desafinar.
É mais seguro esconder o sentimento que ensaiar uma nota.
Pode ser que a escala busque memória num setembro antigo
e retorne em forma de suspiros
por um amor que tocou o sonho da menina
e a fez ouvir sons de um violino.
É certo que o vento de agosto me sugere “O Viajante”,
acordes de um certo amante que aranhou minha poesia.
Mas mesmo riscada, minha fogueira quis “A Lenha”
e não sei qual foi a senha pra aquele amor desabar.
Ainda assim procuro a música.
Seja ela de vanguarda ou esquecida, popular ou erudita,
basta que mantenha acesa a canção que existe em mim.
Basilina Pereira
Não é fácil ser musical.
O canto que hoje tenta nascer
viveu muitos anos encapsulado,
coberto por uma cortina de medos,
insegurança e conformismo.
Foi difícil romper o lacre e espreitar o outro lado.
E mais ainda atravessar o muro, enfrentar o escuro,
expor as fragilidades e correr o risco de desafinar.
É mais seguro esconder o sentimento que ensaiar uma nota.
Pode ser que a escala busque memória num setembro antigo
e retorne em forma de suspiros
por um amor que tocou o sonho da menina
e a fez ouvir sons de um violino.
É certo que o vento de agosto me sugere “O Viajante”,
acordes de um certo amante que aranhou minha poesia.
Mas mesmo riscada, minha fogueira quis “A Lenha”
e não sei qual foi a senha pra aquele amor desabar.
Ainda assim procuro a música.
Seja ela de vanguarda ou esquecida, popular ou erudita,
basta que mantenha acesa a canção que existe em mim.
Basilina Pereira