A PODA
A PODA
Não se corta impunemente
o galho de uma árvore.
Mesmo a poda,
artifício do interesse e da cobiça,
é algo que castiga, mutila, altera.
O poeta ferido também sangra,
e o seu verso, quando consegue voar,
é letra minguada:
não exibe a leveza de um bailado.
Basilina Pereira
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