Ah! saudade!
Como é bom acariciar o tempo,
momentos distantes, longes dias.
Pensar que o passado pode voltar numa luz,
deslizar sobre o horizonte, qual miragem.
E esses delírios...
que balançam precipícios!
brincam de esconde-esconde,
pegam carona com o vento
e até simulam voo só pra tirar os pés do chão.
A manhã, insistente,
pergunta por minhas asas.
Asas? Não as quero mais, tenho meus versos.
Basilina Pereira