Escondo-me nos livros que leio.
Entro de mansinho e, ao menor descuido do autor,
aposso-me da sombra das palavras e,
como quem veio na brisa,
pastoreio a transparência dos sons na ressonância dos ecos.
Aspiro o néctar que se desprende das letras
e, no esplendor de tantas possibilidades,
mergulho... para ressurgir iluminada
como quem se banhou em labaredas
e viu sua aura refletida no fio de uma adaga.
Basilina Pereira