quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

 


ÀS VÉSPERAS DO NATAL

 

Mergulho em uma noite de dezembro,

talvez em busca, sim, do que me lembro

daquele tempo simples de criança

em que floria farta uma esperança.

 

Ela, a esperança, eu via em cada membro,

germinando quais flores de setembro,

Natal era sinal de comilança,

presentes, alegria e só bonança.

 

Hoje percebo muitas diferenças:

punhais acesos brilham sobre as mesas

e enterram as estrelas sob os pés.

 

Tolerância, perdão e bem-querenças

são palavras abstratas, indefesas,

mas precisam suster quem sou...quem és.

 

Basilina Pereira

 

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